RELEITURA DA POSTAGEM CONSCIÊNCIA FONÉTICA
Ao pesquisar, compreendi que o termo consciência fonológica é definido como
sendo a consciência de que as palavras são constituídas por diversos sons ou
grupos de sons e que elas podem ser segmentadas em unidades menores (Morais,
1997; Capellini & Ciasca, 1999; Zorzi, 2000; Moojen & Santos, 2001). A
consciência fonológica também caracteriza-se por apresentar uma relação de
reciprocidade com o aprendizado da leitura e da escrita. Com essa denominação,
estão envolvidos vários níveis de consciência fonológica, alguns
desenvolvendo-se espontaneamente e outros na dependência do domínio do código
escrito.
A BNCC se assemelha aos PCNs
quando assume a perspectiva
enunciativa-discursiva de linguagem, reconhecendo que ela é uma
atividade humana e faz parte de um processo de interação entre
os sujeitos. A linguagem se materializa em práticas sociais, com objetivo e
intenção. Por essa razão estabelece a centralidade no texto como unidade de trabalho e indica
a necessidade de sempre considerar a função social dos
textos utilizados. Durante a alfabetização, isso sinaliza
para a importância de que os alunos trabalhem com textos reais – e não
exclusivamente criados para o trabalho escolar como “Ivo viu a uva”.
O documento também aponta para uma continuidade do que é feito na Educação Infantil,
deixando mais claro que há uma ponte entre os dois segmentos. É preciso
compreender que ambos estão interligados e, nos anos iniciais do Fundamental,
será possível intensificar e estruturar as experiências com a língua oral e
escrita iniciadas na Educação Infantil.
Essa opção pela alfabetização explícita gerou muitas discussões
e resistência entre os especialistas durante a elaboração da BNCC, mas
prevaleceu o entendimento de que as crianças aprendem de diferentes maneiras e
esta pode ser uma alternativa para a parcela que não tem sido alfabetizada
apenas pelas propostas das diretrizes anteriores. Indicar a inclusão de
atividades específicas sobre notação alfabética não significa
desprezar a imersão no texto e sua função
social nem estabelecer uma ordem de prioridade entre os dois trabalhos. Até
porque não basta dominar o sistema de escrita para estar alfabetizado. É
preciso também ser capaz de ler e escrever textos de diversos gêneros. Um
processo que o próprio documento indica ter continuidade a partir do 3º ano,
quando a ênfase é na ortografização.
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