RELEITURA: AS CRIANÇAS E O CONSUMO




Em tempos marcados pela tecnologia e consumismo e onde o ócio é item de luxo, é imperativo resgatar a brincadeira como lugar da convivência, criatividade, entrega ao prazer mais genuíno dessa fase da vida.
Tablet e as demais telas podem ser fontes de prazer, mas não exclusivamente. E não deveriam ser o “cala-choro”, o recurso mais fácil. Um piquenique, por outro lado, pode virar verdadeiro ambiente do brincar, pelo espaço livre, pelo contato com a natureza, pela chance de criar com formas simples e de experimentar sensações com a terra, o ar, a água, o vento.
A escola tem papel determinante nos modos de brincar. Oferecendo à criança a possibilidade de brincar de maneira mais livre, sem muita condução do adulto. Promover a brincadeira permite enriquecer seu universo simbólico, algo que tem faltado nelas nos dias de hoje. Uma das formas de fazê-lo é levar isso para dentro da escola. A criança brinca muito sozinha, cria suas próprias brincadeiras. Quando chega à escola, parte para o coletivo, começa a incluir os amigos.
As brincadeiras podem, ainda, ser meio de intercâmbio de culturas. Como ambiente propício para a convivência.
Acredito que é papel da ESCOLA apresentar os diversos tipos de brincar aos alunos. As brincadeiras são parte do vínculo com as famílias e quando eles descobrem a forma como pais e avós brincavam e trazem isso para a escola, podem revelar brincadeiras de origens e regiões diferentes. Isso amplia a possibilidade de a criança encontrar uma forma de se divertir diferente daquela rotineira.


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