SAMBAQUI CAPÃO ALTO

                   
             Após assistirmos o vídeo proposto pela Professoras Aline e Larissa, fomos em busca da atividade proposta: realizar um levantamento das histórias conhecidas nas comunidades escolares e/ou entorno que envolvam as questões étnico-raciais.
Imediatamente pensamos no MORRO DOS ÍNDIOS popularmente conhecido pela comunidade. Assim, iniciamos nossa pesquisa bibliográfica, onde viemos a saber do que se tratavam aqueles cômoros de areia: os sambaquis.
Sambaqui, palavra de etimologia tupi (tamba = conchas, ki = amontoado), de acordo com a Wikipédia, significa depósito construído pelo homem pré-histórico (por volta de 4.500 a.C.),constituído por materiais orgânicos e calcários, que pode conter equipamentos primitivos de pesca e até objetos de arte. Alguns grupos indígenas utilizavam os sambaquis como santuário, enterrando neles os seus mortos.
Capão da Canoa é um antigo balneário que, no início do século passado, já abrigava veranistas em busca de sol e mar. A praia de Xangri-lá, bem mais jovem, desmembrou-se do município de Capão somente em 1992. Bem antes disso, no início dos anos 1950, a área começou a despertar o interesse dos homens de negócios. A construção do Hotel Termas Xangri-lá (demolido em 2006), a partir de 1955, foi decisiva para o desenvolvimento da região, que começou a ser ocupada, naquela época, por casas de veranistas.
Bastou sair uma notícia, na época a respeito dos sambaquis,  para que alguns veranistas, por curiosidade, inconsciência e espírito de aventura, se organizassem em "expedições" predatórias. Munidos de pásou colheres de pedreiro, se lançaram a "escavações arqueológicas" amadoras. Sem atentar para o dano, muitos ossos humanos foram encontrados e retirados do local pelos "pesquisadores".
Mais tarde, providências foram tomadas e a área, hoje cercada por casas de moradores e veranistas, foi protegida por cercas e cartazes de advertência de que "constitui crime invadir sem autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ou retirar qualquer coisa do local". Se você que está na praia quiser conhecer o local, basta ir pela Avenida Paraguassu e entrar na Avenida Rio dos Índios (uma quadra depois do Supermercado Nacional, de Xangri-lá, sentido Norte-Sul) à direita. No final da via, você vai encontrar esse testemunho do nosso passado remoto.
            Abaixo, seguem registro de imagens que realizamos no local, onde hoje está coberto para uma vasta área verde. Segundo a moradora Marilane Vargas, a vegetação foi plantada para proteger os Sitio Arqueológico.
A pedra, segurada pela moradora, foi retirada do sambaqui durante a sua infância. Por não terem conhecimento que se tratava de uma área de preservação, os dois morros era o local garantido da criançada do bairro. La passavam horas se aventurando com suas bicicletas e “escavando” a areia, atrás de peças de barro, ossos, pedras... Levavam como troféus da longa tarde no morro dos índios, assim conta Marilane, moradora a mais de 50 anos das proximidades dos Sambaquis.

FONTE:
https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/almanaque/noticia/2017/02/saiba-mais-sobre-os-sambaquis-do-sitio-arqueologico-de-xangri-la-9713948.html


 


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