Iniciamos a Interdiscipina de Orgsnização e Gestão da Educação , vendo um vídeo onde Zygmund Bauman fala sobre a fluidez do mundo liquido.
Houve um tempo
em que conceitos eram sólidos. Ideias, ideologias, relações, blocos de
pensamento moldando a realidade e a interação entre as pessoas. O século 20,
com suas conquistas tecnológicas, embates políticos e guerras viu o apogeu e o
declínio desse mundo sólido. A pós-modernidade trouxe com ela a fluidez do
líquido, ignorando divisões e barreiras, assumindo formas, ocupando espaços
diluindo certezas, crenças e práticas.
Vivemos em uma
época onde a sociedade é liquida, precisamos muito mais de informações e não de
formações. Estamos cada vez mais aparelhados com iPhones, tablets,
notebooks, etc. Tudo para disfarçar o antigo medo da solidão. O contato via
rede social tomou o lugar de boa parte das pessoas, cuja marca principal é a
ausência de comprometimento.
Quando se chega
à modernidade líquida, toda estrutura social montada em torno da relativa fixidez moderna
dilui-se. Para
Bauman, as relações transformam-se, tornam-se voláteis na medida
em que os parâmetros concretos de “classificação” dissolvem-se. Trata-se da individualização do
mundo, em que o sujeito agora se encontra “livre”, em certos pontos, para ser o
que conseguir ser mediante suas próprias forças. A liquidez a que Bauman se
refere é justamente essa inconstância e incerteza que a falta de pontos de
referência socialmente estabelecidos e generalizadores gera.
O que
acontece hoje é, então, uma repetição do que aconteceu antes na passagem do
mundo pré-moderno para o moderno. O “derretimento” dos parâmetros sociais
modernos é obra das mesmas forças de desconstrução dos paradigmas das
sociedades tradicionais anteriores às sociedades modernas. Todavia, não há uma
reconstrução de parâmetros “sólidos”. Estes permanecem em sua forma fluida,
podendo tomar a forma que as forças sociais e individuais, em momentos
específicos, determinarem.
Dessa
forma, temos o sujeito líquido, aquele em que inúmeras identidades se
manifestam em momentos diferentes. Um professor que se identifica como tal, por
exemplo, agirá de uma forma diante da sua sala de aula e, em meio a uma torcida
organizada de seu time, de outra forma. Os dois são parâmetros de identificação
distintos, que muitas vezes podem ser conflitantes, mas que constituem a
construção identitária de um mesmo sujeito
Em um
palestra Karnal fala sobre o sociólogo polonês e seu conceito de mundo
líquido, que veio substituir a ideia de pós-modernidade.
Diante disso sugiro ver esse vídeo de Leandro
Karnal.
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