Após ler o texto ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA NAS
SÉRIES INICIAIS:
O QUE É? COMO FAZER? disponibilizado pela interdisciplina de Representação pela Matemática, levei para sala de aula o Tangram.
Quando
se oferece um material novo para as crianças, a primeira atividade que se
recomenda é sempre o jogo livre: apresenta-se o material as crianças e deixa-se
que elas utilizem como quiserem (...). A segunda etapa é o jogo com regras, em
que se propõe à criança atividades planejada (...). (TOLEDO e TOLEDO, 1997,
p.72,73)
O trabalho em sala de aula com a utilização do
material concreto influência na aprendizagem dos alunos desde a educação
infantil até os anos iniciais do ensino fundamental, favorecendo o
desenvolvimento do raciocínio lógico, coordenação motora, rapidez no pensamento
dedutivo, socialização, organização do pensamento, concentração que é
necessário para compreensão e resolução de problemas matemáticos e do
cotidiano, ou seja, proporciona de forma concreta conhecimento e dessa forma
muda a concepção de que a “matemática é uma matéria ruim e muito difícil”.
O professor não pode “caminhar” à frente de seus
alunos, indicando caminhos e resultados prontos, mas deve oferecer às crianças,
atividades interessantes, partindo do real e de preferência do manipulável e
dos conhecimentos que elas já dominam, facilitando a descoberta, favorecendo a
própria construção do saber.
O material concreto é uma forma de apresentar ao
aluno uma maneira mais fácil e palpável de aprender matemática e como ela pode
ser usada no nosso cotidiano.
Como são vários os materiais como por exemplo, o
tangram, material dourado, material cuisenare, blocos lógicos, ábaco dentre
outros, é possível desenvolver atividades utilizando esses materiais que podem
ser confeccionados de papel, cartolina, papelão dentre outros. E por isso podem
ser construídos na própria sala de aula e com a participação dos alunos.
Tangram é um jogo milenar, de origem chinesa e
conhecida mundialmente. De acordo com Joost Elffers(1992), não há referências
exatas sobre sua origem ou seu inventor. Sabe-se que era o jogo preferido de
Napoleão em seu exílio e de Lewis Carrol, autor de Alice no país das
maravilhas.
O Tangram é considerado como parte da categoria
quebra-cabeças, mas convém analisar algumas diferenças. Os quebra-cabeças
tradicionalmente conhecidos são compostos por várias partes que, quando
coordenadas, possibilitam a construção de uma figura, sendo que cada uma das
peças ocupa sempre a mesma posição e tem, portanto, um lugar definido e uma
relação de vizinhança única entre si. Já o Tangram difere desses aspectos quanto
à estrutura, pois possui um número reduzido de peças e um lugar variável para a
colocação de cada uma delas, dependendo da figura a ser construída. Nesse jogo,
são muitas as possibilidades de disposição espacial de uma peça, especialmente
se forem observadas as diferentes combinações em relação às outras. Nas
palavras de Albuquerque(s.d., p. 19):
Não existe uma chave para decifrar os enigmas
propostos. Cada um deles é um novo problema, como se tivesse sido inventado por
uma esfinge diferente. Isto é muito bom: elimina qualquer possibilidade de
camaradagem com o desafiante.Cada problema colocado tem uma solução própria, de
forma que se tona muito difícil decorar qualquer uma delas. Além disso, existe,
em muitos casos, mais de uma resposta para o mesmo Tangram.
Em síntese, quem se aventura a jogar Tangram logo
aprende que ter boa memória e conhecer as peças são aspectos insuficientes para
construir as figuras com sucesso . É essencial explorar a multiplicidade das
relações possíveis de se estabelecer ente as peças, agindo com persistência e
concentração. A combinação simultânea desses fatores é que dá ao jogador
condições de resolver os diferentes propostos pelo jogo.
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